«A EUCARISTIA É FONTE E ÁPICE NÃO SÓ DA VIDA DA IGREJA, MAS TAMBÉM DA SUA MISSÃO: “UMA IGREJA AUTENTICAMENTE EUCARÍSTICA É UMA IGREJA MISSIONÁRIA”. HAVEMOS, TAMBÉM NÓS, DE PODER DIZER COM CONVICÇÃO AOS NOSSOS IRMÃOS: “NÓS VOS ANUNCIAMOS O QUE VIMOS E OUVIMOS, PARA QUE ESTEJAIS TAMBÉM EM COMUNHÃO CONOSCO” (1 JO 1, 2-3). VERDADEIRAMENTE NÃO HÁ NADA DE MAIS BELO DO QUE ENCONTRAR E COMUNICAR CRISTO A TODOS!». (S. S. Bento XVI, Exortação Apostólica pós-sinodal Sacramentum caritatis)
sábado, 16 de janeiro de 2010
Gotas de formação Missionária
1001 - Missão: uma atividade eclesial
Quando Jesus fundou sua Igreja, enviou-a em missão. Ele mesmo fez questão de preparar seus missionários e envia-los pessoalmente. Deixou claro, desde o começo, que o missionário não é um aventureiro ou um franco-atirador que escolhe “sua” missão, mas é um escolhido e enviado Dele e por Ele. Afinal, a missão é Dele. Jesus é o grande Missionário do Pai. O envio é tão importante que a Igreja formalizou um Rito próprio, incluído no Ritual das bênçãos, onde se destaca a presença do bispo (ou algum seu delegado), para ficar bem claro que aquele que parte não o faz em nome próprio, mas da Igreja.
Conheci alguns missionários estrangeiros que sonhavam com a África, prepararam-se durante anos e, na véspera da partida, receberam sua designação para o Brasil. Vieram felizes da vida, como se aqui fosse sua sonhada África (e fazem um belo trabalho!), vendo nisso a vontade de Deus para suas vidas. Entenderam que não são turistas (que escolhem seu destino e preparam a mala á gosto) mas são enviados de Deus, através da Igreja por Ele fundada. Sem dúvida, têm ministérios frutuosos. Entenderam que o/a missionário/a é alguém que, enviado pela Igreja, age como Igreja. Não busca suas satisfações pessoais, sua “promoção”, uma aventura, mas satisfazer a fome de Deus que existe no coração de toda humanidade (ainda que muitos não tenham clara consciência disso).
A missão, seja local, seja além fronteiras, é sempre missão da Igreja. Deve, portanto, ser realizada em profunda sintonia (comunhão) com o pároco, o Bispo local, a Conferência dos Bispos e o Papa. Se algum elo desta cadeia é rompido, pode-se até fazer um bonito trabalho de animação, de promoção humana, etc, etc, mas não será missão da Igreja.
Ao iniciarmos mais um ano, peçamos a Deus por nossos missionários espalhados pelo mundo inteiro para que saibam sempre “sentir com a Igreja”, agir como membros e enviados dela, que se mantenham sempre em profunda comunhão com os Pastores legítimos, que garantem a apostolicidade da única Igreja de Cristo.
Pe. Edson Assunção
Sec. Nac. Infância e
Adolescência Missionárias
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