Brasília (Agência Fides) - Numa entrevista com a Direção Nacional das Pontifícias Obras Missionárias (POM) do Brasil, a presidente da Conferência dos Religiosos Brasileiros (CRB), Irmã Marian Ambrósio, e o Conselheiro para a dimensão missionária da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e secretário-executivo do Conselho Missionário Nacional (Comina), Pe. José Altevir da Silva, informaram sobre as últimas atualizações sobre o Projeto Missionário de Solidariedade entre a Igreja no Brasil e no Haiti (veja Fides 20/9/2010; 21/2/2011).
Irmã Marian recordou que o projeto nasceu depois do terremoto que devastou o Haiti em 12 janeiro de 2010, quando chegou a Curitiba (PR), o corpo da Drª Zilda Arns. "Foi o início de um projeto que visa a não deixar morrer o sonho de tantas crianças no Haiti", disse a presidente da CRB. Trata-se de um projeto realizado junto com a CNBB e o Conselho Missionário Nacional (Comina), com o apoio das POM, mantido pelo povo brasileiro através da Caritas Brasileira. O projeto é válido por 10 anos.
"Uma das características mais importantes é que temos ouvido a Igreja no Haiti. Ouvimos os representantes da Igreja e da Conferência dos Religiosos do Haiti", disse a irmã Marian. Considerando como principal tarefa a "defesa da vida", o projeto conta agora com a presença no Haiti de seis irmãs brasileiras, quatro enfermeiras e duas professoras, que trabalham em lugares diferentes. "O compromisso a tempo integral faz com que as irmãs tenham a necessidade de se alternar para ter força para continuar, porque tudo é de alto risco: a falta de higiene, má nutrição e escasso atendimento de saúde", disse ainda irmã Marian.
Na nota enviada à Agência Fides pelas POM do Brasil, lê-se que segundo a presidente da CRB, todo o trabalho das irmãs é direcionado para a eliminação da pobreza extrema da população haitiana. Irmã Marian, que esteve no Haiti no final de março e meados de abril, disse que os jovens se aproximaram das religiosas para participar dos trabalhos, das atividades de bordado, música e canto. Muitas dessas atividades são o caminho para que a comunidade possa superar as dificuldades atuais. (CE) (Agência Fides, 13/05/2011)
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