quinta-feira, 19 de maio de 2011

Padre André fala da importância da IAM e do primeiro ano da morte do padre Edson Assunção


Por ocasião dos 168 anos de presença da Infância Missionária no mundo, a ser celebrado no próximo dia 19 de maio, o secretário nacional da Infância e Adolescência Missionária (IAM), padre André Luiz de Negreiros concedeu uma entrevista à assessoria de imprensa das Pontifícias Obras Missionárias (POM).


O secretário destacou que a “Infância Missionária faz parte da minha vida” e que nesta data é o momento para reforçar o carisma da IAM com “uma Ave-Maria ao dia e 1 moedinha por mês para ajudar todas as crianças e adolescentes do mundo”.


Padre André também falou, durante a entrevista, da sua crença na Infância Missionária e da capacidade que vê nas crianças de levar à frente a sinceridade da fé e do amor pelo próximo. “O dinheiro pode aliviar o sofrimento material, mas o mais triste é o sofrimento espiritual e social. As crianças batizadas podem ajudar muito oferecendo suas orações e sacrifícios em união com Jesus Menino. O socorro da fé é de valor muito grande para todos que sofrem”, disse.


Sobre a presença da IAM no Brasil, padre André sublinhou que a Infância Missionária vive “um estágio muito significativo com muitos avanços e, a prova disso é a abertura para a universalidade da missão e a oferta dos cofrinhos das crianças e adolescentes que em 2010 chegou a cerca de R$ 15.000,00 (quinze mil reais)”.


Para encerrar, o secretário da IAM lembrou o primeiro ano do falecimento do padre Edson Assunção, no próximo dia 3 de maio. Padre André agradeceu pelo apoio que o padre Edson sempre deu a ele durante sua caminhada pela Infância Missionária do Brasil desde o tempo em que era seminarista. Padre André aproveitou ainda para convidar os grupos da IAM espalhados pelo Brasil para rezarem uma missa no dia 3 de maio próximo e, se possível, plantarem uma árvore como sinal de vida em abundância buscando lembrar a memória do Pe. Edson.


Confira, abaixo, a entrevista na íntegra:


Com que objetivos nasceu a Obra da Santa Infância?
A Infância Missionária nasceu com as motivações trazidas pelos missionários que estavam na China e que já contavam com a Pontifícia Obra da Propagação da Fé que se fundamentava no tripé oração, sacrifício e solidariedade. A França continuava mantendo relações públicas, comerciais e religiosas com a China e muitas crianças eram dizimadas e morriam sem ter recebido o batismo. Surge a Obra da Santa Infância idealizada pelo bispo Dom Carlos de Forbin Janson e com a colaboração da leiga Paulina Jaricot com o objetivo de salvar as crianças que morriam sem nunca ter ouvido falar de Jesus. Vale lembrar que na França se difundia a devoção ao Menino Jesus e daí se tira a obra da Santa Infância de Jesus que se tornaria o primeiro trabalho da Igreja Católica que desperta o protagonismo das crianças.


Qual o significado desta data para a Infância Missionária do Brasil?
A data de fundação da IAM tem um significado muito importante, pois é tempo de reforçarmos o nosso carisma que se fundamenta em 01 Ave-Maria ao dia e 01 moedinha por mês para ajudar todas as crianças e adolescentes do mundo e vale lembrar que no próximo dia 19 de maio iremos completar 168 de existência no mundo.


No Brasil, os objetivos iniciais da Infância Missionária foram mantidos?
A IAM chegou no Brasil pela primeira vez em 1858 e manteve os seus objetivos de evangelizar, salvar e ajudar as crianças de todo o mundo despertando a dimensão além-fronteiras. Sendo que a IAM ganhou um impulso muito forte no início dos anos 90 e hoje conta com cerca de 30 mil grupinhos espalhados pelo território nacional.


Qual o significado do lema “Criança ajuda e evangeliza criança”?
Este lema quer dizer que por meio de nossos compromissos pessoal, material e espiritual criaremos comunhão com todas as crianças do mundo. O dinheiro pode aliviar o sofrimento material. Mas o mais triste é o sofrimento espiritual e social. As crianças batizadas podem ajudar muito oferecendo suas orações e sacrifícios em união com Jesus Menino. O socorro da fé é de valor muito grande para todos que sofrem.


Por que em 1922 ela se tornou uma Obra Pontifícia?
Neste mesmo ano a IAM juntamente com as Obras da Propagação da Fé e São Pedro Apóstolo também se tornam Pontifícias, ou seja, reconhecidas mundialmente por toda a Igreja e ligadas diretamente ao Santo Padre. É importante lembrar a figura do Papa Pio XI que teve esta audácia instituindo também o Dia Mundial das Missões que é celebrado sempre no penúltimo domingo do mês de outubro.


Qual estágio vive a Infância Missionária do Brasil?
Um estágio muito significativo com muitos avanços e prova disso é a abertura para a universalidade da missão e a oferta dos cofrinhos das crianças e adolescentes que em 2010 chegou a cerca de R$ 15.000,00 (quinze mil reais). Hoje temos grupos de IAM em paróquias, comunidades, escolas e creches que criam parcerias com outras atividades que não são da Igreja e olham para as crianças como o Conselho Tutelar, Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), etc.


Qual o principal objetivo ao promover a ação missionária por meio de crianças?
As crianças são o futuro do país, da Igreja e do mundo. Particularmente eu acredito cegamente no potencial das crianças e hoje já temos uma resposta da IAM por meio de vocações sacerdotais, religiosas e laicais ad gentes [sem fronteiras]. Em suma, através destas crianças nós teremos tudo para abrirmos cada vez mais os horizontes da Igreja por meio da missão universal.


O que aconteceu de mais significativo ao longo da história da Infância Missionária?
Com certeza o número de crianças que foram salvas em todo o mundo por meio da ajuda de outras crianças e também Jesus que se torna conhecido e amado como diz o primeiro compromisso desta obra tão bonita.


O que quis dizer o papa João Paulo II ao falar que as crianças são “os pequenos grandes missionários”?
O saudoso Papa João Paulo II, o papa missionário da paz, fez esta exortação para destacar o potencial de nossas crianças que por meio de seu jeito simples transfiguram Jesus Menino presente no sorriso de cada criança.


Em um país com tantas desigualdades sociais visíveis como é o caso do Brasil é importante a presença da Infância e Adolescência Missionária?
Sim. Pois a presença da IAM que tem como objetivo também trabalhar a dimensão da partilha de nossas crianças e com isso se alivia esta dor que nossas crianças sentem.


No próximo dia 3 de maio completou um ano da morte do ex-secretário da Infância Missionária, padre Edson Assunção. O senhor poderia falar um pouco de quem foi ele e do seu trabalho desenvolvido na sede nacional das POM pela Infância Missionária do Brasil?
Falar de Pe. Edson é sempre um prazer; sou muito grato a ele por ter acreditado no meu trabalho na IAM desde a época em que eu era seminarista. Meu dileto antecessor fez um trabalho extraordinário à frente da IAM do Brasil dando corpo à Obra nas dioceses, paróquias e comunidades. Seu comportamento alegre e simples cativou inúmeras pessoas e sou testemunha de que ele era uma verdadeira criança. Às vezes me sinto tão pequeno e com uma grande responsabilidade a de dar continuidade a esta Obra maravilhosa que é a IAM e que até o dia 03 de maio de 2010 foi conduzida por ele. Hoje eu sinto que ele continua rindo lá no céu do jeito que ele ria e brincava conosco aqui na terra e com certeza hoje ele intercede por nós juntamente com milhares de crianças. Aproveito a oportunidade para convidar todos os grupinhos da IAM espalhados pelo Brasil para rezarmos uma Missa no dia 03 de maio e se possível plantarmos uma árvore como sinal de vida em abundância buscando lembrar a memória de nosso querido Pe. Edson e, inspirados nas Campanhas da Fraternidade e Missionária deste ano e também nas palavras iniciais de nosso Hino: "Vida abundante ao mundo ofereço...!" vamos dar passos cada vez mais marcantes por meio desta Obra. Finalizo expressando a minha gratidão e ao mesmo tempo partilhando a minha alegria de estar à frente da IAM do Brasil, pois a mesma faz parte de minha vida.


FONTE: POM

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