Uma grande rede de televisão do Brasil tem mostrado uma série de propagandas com depoimentos de representantes de várias religiões criticando veladamente a Igreja Católica, por esta defender o direito ao ensino religioso nas escolas, por defender a vida (contra o aborto e a eutanásia), por defender o casamento monogâmico, indissolúvel e natural entre o homem e a mulher, por defender sua fé ao criticar livros ou filmes.
Em uma destas "propagandas", sempre finalizada com "cidadania, a gente vê por aqui", colocou um pai de santo defendendo a liberdade de expressão. Dizia ele que "todos têm liberdade de expressar seus pontos de vista e ninguém pode criticar". Bom, nesta frase já há um cerceamento da liberdade de expressão: "ninguém pode criticar".
Se todos têm direito de defender suas convicções, por que criticar de forma tão insistente á Igreja Católica? Não teria ela também liberdade de opinião? Não poderia ela também expressar-se livremente sobre suas convicções, baseadas na Lei Natural e no Evangelho? Não estaríamos vivendo uma eclesiofobia? Bom pensar nisso.
Interessante é que ao começar tal clip a emissora foca telas de internet com a Igreja expressando-se contra união civil de pessoas do mesmo sexo e uma tela com a Igreja manifestando desagrado com textos de um famoso escrito português. Todo mundo pode se expressar, menos a Igreja.
O Concílio Vaticano II, em vários textos, defende a liberdade de expressão, assim como a liberdade de consciência. Ninguém pode ser obrigado a abraçar esta ou aquela forma de pensar e de agir, nem tampouco a liberdade de expor aos outros seus pensamentos, a fim de ser melhor compreendidos e dar ao outro a oportunidade até mesmo de mudar de ideia. Porém alguns grupos em nosso país (e também pelo mundo todo) se acham no direito de empurrar suas opiniões pela nossa garganta a baixo e que não podemos esboçar qualquer reação. Isto fere a própria lei natural. Reclamam de discriminação, mas discriminam quem não concorda com sua posição.
Também faz parte da missão o diálogo: saber ouvir e saber falar. E, se preciso for (se estiver contra o Evangelho de Jesus, que é a única Verdade) mudar nossa opinião e nosso modo de agir, fazer uma verdadeira “metanóia”. Estejamos prontos para o diálogo. Saibamos compreender a voz da Igreja, até mesmo para saber perceber o que possa vir a destoar.
Pe. Edson Assunção
Secretário Nacional da
Infância e Adolescência Missionárias
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