Aparecida (Agência Fides) - A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) enviou à Agência Fides a nota apresentada à imprensa em 24 de abril, sobre a defesa dos territórios e dos direitos das populações indígenas, dos Quilombolas, dos pescadores e de outros povos tradicionais.
Nesta nota, os Bispos deploram profundamente "o adiamento do processo administrativo da demarcação", como "a invasão e a exploração das terras dos povos tradicionais". O texto destaca as "condições de discriminação e dos assassinatos de que é vítima o povo Guarani-Kaiowá, no Mato Grosso do Sul".
Nesta nota, os Bispos deploram profundamente "o adiamento do processo administrativo da demarcação", como "a invasão e a exploração das terras dos povos tradicionais". O texto destaca as "condições de discriminação e dos assassinatos de que é vítima o povo Guarani-Kaiowá, no Mato Grosso do Sul".
Segundo os bispos, trata-se de um "verdadeiro genocídio" que mancha a imagem do Brasil como um país que defende os direitos humanos. "Rejeitamos com veemência o ataque desencadeado pelo grupo ruralista e outros segmentos do Congresso Nacional, contra os direitos dos povos indígenas, considerados em nossa Constituição, através do projeto de emenda constitucional, a PEC 215/2000", afirma o comunicado. Os bispos já se pronunciaram sobre o assunto poucos dias atrás (veja Fides 18/04/2012).
Durante a coletiva de imprensa, o Presidente da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Dom Enemésio Lazzaris, Bispo de Balsas, disse que as grandes obras como a construção de barragens e instalações para a exploração de recursos minerais, têm um grande impacto sobre essas comunidades, e terminam por expulsá-las de seus territórios. "O território é mais do que a própria terra, é uma relação que é construída no lugar em que se vive, onde seus antepassados viveram, onde cresceram e onde se formam as famílias", sublinhou Dom Lazzaris.
O Presidente da Comissão Episcopal para a Amazônia, Cardeal Claudio Hummes, em seu discurso disse que a Amazônia tem um papel específico no contexto global, e por isso, a população local deveria ser ouvida por primeiro nas questões que a envolvem diretamente . "Deveria ser capaz de decidir o que é importante para eles. Normalmente não é assim, suas terras são invadidas e eles são pisoteados", disse o cardeal. (CE) (Agência Fides, 26/04/2012)
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