ÁFRICA/MALÁUI - A nova diocese de Karonga é uma mensagem de esperança para toda a Igreja africana

Lilongwe (Agência Fides) - “A nova diocese è um ato de coragem pastoral, porque é formada por somente cinco missionários espalhados pelas montanhas que se erguem ao longo do norte do lago Maláui. A diocese se encontra na extremidade norte do país, onde o Maláui confina com a Tanzânia no leste e com o Zâmbia no oeste”. Pe. Piergiorgio Gamba, missionário monfortano, descreve assim à Agência Fides, a nova diocese de Karonga, no Maláui (ver Fides 21/7/2010). “Trata-se de um território muito vasto, com uma população menos numerosa em relação ao sul de Maláui. Durante anos fez parte da diocese de Mzuzu responsável pela evangelização das diferentes tribos do norte que falam várias línguas entre as quais a mais famosa é a Chitumbuka”. Em 20 de novembro se realizou a liturgia de consagração do Bispo de Karonga, Dom Martin Anwel Mtumbuka. “Da celebração participaram milhares de fiéis provenientes também da Tanzânia. A mais de seiscentos quilômetros da capital Lilongwe, vieram todos os bispos do Maláui” – conta Pe. Gamba. “Presidia a liturgia de consagração o Núncio Apostólico, Dom Nicola Girasoli, com os bispos do Maláui e o Arcebispo de Blantyre, Dom Tarcicius Ziyaye. A saudação e as boas-vindas foram feitas pelo Bispo de Mzuzu em inglês, chitumbuka e chichewa, para que todos participassem da cerimônia”. A tarefa de Dom Mtumbuka requie muita dedicação porque a nova diocese tem várias necessidades, que pioraram com os problemas causados pelo terremoto de dezembro de 2009 que atingiu a área de
Karonga. “Além do Bispo existe nove sacerdotes e várias comunidades religiosas de irmãs e irmãos muito dedicados à educação e assistência médica. Uma diocese que inicia daquilo que poderia ser definido como o ground Zero. A igreja que deverá se tornar a catedral ainda não pode ser utilizada por causa do terremoto que causou muitos danos e perdas de vida. Tudo deve ser reconstruído” – afirma Pe. Gamba, mas isto não abate o entusiasmo do missionário, que vê na criação da nova diocese uma mensagem de esperança e de renovação para a Igreja africana: “a Igreja na África está se tornando adulta e lança uma mensagem forte para toda a comunidade cristã”. (L.M.) (Agência Fides 25/11/2010)